Ricardo Alfaya é articulista do site Alternativa Cultural, do artista multimídia Anand Rao, de Brasília-DF. O espaço é direcionado para a produção cultural independente.
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Espaço do grupo Poesia Simplesmente para divulgação do seu trabalho, de outros escritores, artistas e de eventos culturais
terça-feira, 29 de julho de 2014
Crônica de Ricardo Alfaya no site literário Alternativa Cultural. Acesse o link abaixo e confira.
Seminário Brasil, brasis: Trabalho escravo no Brasil?
---------- Mensagem encaminhada ----------
De: "marcia pereira" <marciapereirarj@yahoo.com.br>
Data: 25/07/2014 20:30
Assunto: Seminário Brasil, brasis: Trabalho escravo no Brasil?
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domingo, 27 de julho de 2014
Cartografias Políticas da América Latina
Cartografias políticas da América Latina.
Organização: André Queiroz (UFF).
Realização: Instituto de Artes e Comunicação Social/UFF e Casa da América Latina
Apoio e Local: Centro Cultural Justiça Federal -Av. Rio Branco, 241- Cinelândia- Rio de Janeiro
Dias: 30 e 31 de julho de 2014.
Programação:
Dia 30 de Julho:
16:00: Abertura do evento.
16:15: Exibição do trailer do documentário:
O Povo Que Falta (Direção: André Queiroz e Arthur Moura, Brasil, 2014, 12min)
16:40: Conferência: Cuba, Sendero Luminoso y la violencia revolucionaria
Luís Popa (diplomata cubano por mais de 20 anos e Professor de Ciências Políticas da PUC-Perú)
18:00 Exibição do documentário:
Apuntando al corazon (Direção: Claudia Gordillo, Colombia, 2013, 52min).
19:00 Conferência: A política de segurança no Estado de Exceção em Colômbia
Claudia Gordillo (Cineasta e Professora da Pontificia Universidad Javeriana de Bogotá)
Dia 31 de Julho:
16:00: Conferência: O inescutável: violência e testemunho na população quechua no Perú.
Ana María Guerrero (Psicanalista. Trabalhou na equipe de saúde mental com os afetados pela guerra civil no Peru)
17:15: Exibição do documentário:
Paco Urondo (Virna Molina y Ernesto Ardito, Argentina, 2012, 59min).
18:30: Conferência: A palavra definitiva. Escritura e militância na Argentina dos anos 70 (Walsh, Conti, Urondo).
André Queiroz (Escritor e ensaísta. Professor da Universidade Federal Fluminense)
Livro - Convite ao pensar
Acaba de sair pela editora Tempo Brasileiro o livro Convite ao pensar. Sob organização dos professores Manuel Antônio de Castro (UFRJ), Igor Fagundes (UFRJ), Antônio Máximo Ferraz (UFPA) e Renata Tavares (UNESPAR), nasceu esse mosaico palavral, fecundado por poesia, filosofia, silêncio e gesto, do qual tenho a grande felicidade de participar como um dos ensaístas.
A ideia desse livro surgiu da necessidade de dar aos alunos – em princípio, de graduação, ainda que não esteja restrito ao âmbito acadêmico – a possibilidade de se infestar de verbo e acontecências semânticas para além do já desgastado sentido comum das palavras. Evidentemente, nada do que já se trabalha teoricamente nas instituições de ensino se exclui, contudo, a grande novidade está na linkagem entre o que se diz ou se pode dizer sobre ideias engessadas conceitualmente e o que advém do mergulho ao fundo vocabular das palavras, numa investida originária que procura o útero do verbo a partir da costura realizada pelos pequenos, mas densos, ensaios presentes neste Convite. Assim, este livro é engravidado pelo horizonte no qual se vê o avesso ambíguo, mas não dicotômico, das já tão batidas determinações dicionarizadas. Audacioso, infestado de circularidade, entradas, entrâncias e reentrâncias, a poesia da palavra se consagra numa rede fundada em 121 possibilidades de quedas e abismos.
Além da necessidade de dar aos alunos perdições por escrito, o grande estímulo para tal exaustivo trabalho partiu de Guimarães Rosa, quando, na famosa entrevista concedida a Günter Lorenz, proferiu: "Meu lema é: a linguagem e a vida são uma coisa só. Quem não fizer do idioma o espelho de sua personalidade não vive; e como a vida é uma corrente contínua, a linguagem também deve evoluir constantemente" (ROSA in LORENZ, 1973, p. 20). E mais adiante nessa mesma entrevista, temos um dizer fulcral e que foi usado como epígrafe do livro: "Cada palavra é, segundo sua essência, um poema."
Acima mencionei 121 possibilidades abismais. Mas qual mistério por trás desse número, 121? Arrisco um palpite: autonomia de voo na e com a linguagem durante a grafia encantada pelo poético! Sim, 121, não 122 nem 456. São 121 palavras que foram criteriosamente selecionadas para integrar este livro:
O leitor tem em mãos um livro constituído por um conteúdo aparentemente estranho: 121 palavras, às quais correspondem 121 pequenos ensaios de, no máximo, duas páginas. Não se trata de um dicionário, pois não se reduz a um mero levantamento de significados. O que é, então, ou melhor, o que pretende ser este livro? A tal pergunta responde seu título: um Convite ao pensar. Desse modo, não pretende introduzir nada, pois o pensar não depende de introdução. Vivendo, já nos movemos no pensar. Por ele, no questionar, vigoramos.[1]
O trecho acima foi retirado da apresentação do livro, na qual, mais à frente, encontramos:
Procurou-se em cada palavra estabelecer uma dialética, na qual nada se exclui, muito embora se desconfie dos significados dominantes e engessados. Dessa maneira, todas as palavras se interligam e procuram estabelecer um círculo poético de abertura para se compreender melhor o que somos e nos cerca histórica e conjunturalmente. A ligação entre elas dependerá do interesse do leitor, o que será ajudado pelo Índice Remissivo e pelas indicações bibliográficas. Estas têm a finalidade de permitir o aprofundamento das questões.
Quanto à construção, organização interna do livro, o mosaico se estende à diversidade do pensamento encontrado nos 16 autores que escreveram os pequenos ensaios que integram essa rede de 121 palavras:
propusemos o presente livro, convidando diferentes autores para pensarem a poética de cada palavra, contrapondo-a com seu uso banal, cotidiano, desgastado, e resgatando suas possibilidades de inaugurarem sempre novas e poéticas realizações. Assim como os autores se viram livres para dialogar conosco no pensar de cada palavra que lhes coube, os leitores também estarão livres para questionar e que, no diálogo com todas, entrevejam em si as possibilidades que já receberam para se realizarem, de maneira que a vida de cada um se torne um autopoema.
Portanto, não foi erigido apenas um livro teórico, e sim um rearranjo léxico que desempoeira a estabilidade vocabulatória do nosso idioma. As palavras são saltos, fecundações aurais, aórgicas e orgíacas entre realidades que desempenham limites e florações semânticas. O convite está aberto a todos, que sejam bem-vindos!
Referências
CASTRO, Manuel Antônio de et al (orgs.). Convite ao pensar. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2014.
LORENZ, Günter. "Guimarães Rosa". Diálogo com a América Latina. São Paulo: E.P.U., 1973.
MAESTRO - Poema de Antonio Gutman
MAESTRO
Filosofia Formigante
> FILOSOFIA FORMIGANTE
> Vivo perseguindo as formigas.
> Não sou tamanduá nem sei nada sobre o tamanho do A.
> As formigas me deixam miscolênico.
> Cada vez mais me perco nessa perseguição.
> Não sei para onde elas estão indo.
> Elas me deixam Toronto.
> Depois disso tudo, Estocolmo.
> Para se achar tem que se perder.
> Dalmo Saraiva
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sexta-feira, 25 de julho de 2014
Poetas e músico participantes desta terça, 29/07/14 do evento Terça ConVerso
Celi Luz:
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Cristina Lebre :
Fontes:
Celi Luz - dados enviados por e-mail pela autora;
Cristina Lebre: dados enviados por e-mail pela autora;
São Bento: dados enviados por e-mail pelo músico.
Obs: sobre o poeta Benjamin Borges, não foi possível obter mais dados a tempo.
(Angela Maria Carrocino, Delayne Brasil, Laura Esteves e Silvio Ribeiro de Castro)
Próximo "Terça ConVerso", dia 29/07/14: programação e tema sugerido. No fim da postagem, segue a programação da terça seguinte (05/08/14)
O Grupo Poesia Simplesmente
(Angela Maria Carrocino, Delayne Brasil, Laura Esteves e Silvio Ribeiro de Castro)
quarta-feira, 23 de julho de 2014
terça-feira, 22 de julho de 2014
Quatro poemas de Jorge Ventura
CULPA
tecido raro
última moda
corpo coberto
de pano e culpa
mentira e classe
dono da rua
de mais a roupa
de menos o homem
Jorge Ventura
PONTO DE CRUZ
choro
a erosão
do tempo
traçado
em ravinas
sei do que é
deserto:
o caminho
do homem
a vida é trama
dedicada à seca
entrelaçam-se
desmandos
desenganos
desenredos
no horizonte
de esperas
o sertão bordado
de mandacarus
escrevo meu rumo
no ponto de cruz
Jorge Ventura
+++++++++++++++++++++++++++++++++++++
CRUEZA
sou língua de sal
não poupo palavras
em mim nenhum Deus
em mim só um homem
que peca e execra
e desfeito em dores
sobrevive a quedas
sem nenhum pudor
à sorte me atrevo
só creio em meus atos
vejo o que não devo:
o osso em vez da carne
Jorge Ventura
======================================
ORIGAMI
Quando a ideia me perturba,
entre o barulho e o silêncio,
tudo é um só contrassenso.
Que inocência ou culpa
virá em vão me julgar
neste papel tumular?
Reparto em dobras meus textos,
discursos e manuscritos
(de abismos e de delírios),
nas páginas, palimpsestos.
Reparto também a folha,
metade doutra metade,
do que é múltiplo e arte.
E antes que a ideia se recolha
e a angústia vire bolha
e o papel retorne seda,
nas dobraduras das letras,
o verso assim se desdobra.
Pois toda palavra é obra
pra muito além do poema.
Jorge Ventura
AH! SE VOCÊ TIVESSE...
AH! se você tivesse
a boca da cláudia cardinale
e eu as pernas do marlon brando,
se você tivesse
os peitos da brigitte bardot
e eu a beleza do alain delon,
se você tivesse
as ancas da marilyn monroe
e eu o charme do george clooney,
se você tivesse
as pernas da marlene dietrich
e eu os olhos azuis do peter o'toole,
e se você soubesse dançar como a ginger rogers
e eu como o fred astaire,
ah! nossas vidas seriam bem diferentes
como é bom sonhar!
mas estou satisfeito
com a minha vida
um cara não hollywoodiano
e você aqui
minha atriz
bela sim,
sempre perto de mim!
antonio gutman
Delayne Brasil
www.grupopoesiasimplesmente.blogspot.com
Programa de rádio
domingo, 20 de julho de 2014
Constructor sui - poema de Laura Esteves
Trago rugas no rosto, não trago rugas na alma.
Esta, conservo intacta, apesar dos desvarios.
Tratada com delicadeza, aconchego e atavios.
E vou lhe dizer o porquê.
Escute com atenção, o a-bê-cê desta mulher madura,
mistura de santa e puta,
mistura de carnaval e clausura:
meus seios mataram a fome de homens e de crianças;
o ventre, meu ninho/minha gruta, já não tão liso,
gerou os filhos que irão me continuar;
os vincos de meu rosto, uma paisagem
com rios que correm formando trilhas,
são os risos, as lágrimas, as gargalhadas que derramei;
o olhar, um tanto opaco, revela tudo o que eu passei.
Mas estejam certos: busquei sempre a felicidade,
esta estranha palavra que demorei tanto a entender.
Sou ainda a menina assombrada com a vida.
Tenho um coração que palpita, salta, transborda
Apaixono-me, desmesuradamente, por tudo que faço ou toco:
bicho, planta, planos, gente.
Sou o sonho, sou o susto, sou mais sábia.
Uma sabiá que pela Via-Láctea faz firulas.
Que não teme o novo nem a aventura.
Uma sabiá que faz ninho no telhado.
Se aquieta e aprende com o passado.
Assim eu sou. Eu sou assim.
Um ser que se transforma até o fim.
Que transgride, se acomoda.
E nesta contradição, de maneira surpreendente,
me construo, sempre, sempre.
Eu sou aquela do espelho:
mais gorda, mais inteligente, mais generosa.
Sou importante para alguns, sou importante para mim.
Instauro o meu domínio. Decido até onde ir.
Transgrido. Sofro. Estou viva.
Todos os dramas humanos são meus.
Toda alegria da vida é minha.
Vida, esta grande viagem, dia a dia, mês a mês,
onde somos aprendizes e PhDês.
Meu peito caiu? Não faz mal.
Sou tudo de bom. Sou inteira.
Mulher/sabiá-laranjeira.
Mulher/mistério. Abissal.
Laura Esteves
DIA DO AMIGO! Minha gratidão em versos.
Delayne Brasil
AMIGO
Amigo é belo afago
Afeto sem ego inflado
Elo raro
RENASCIMENTO
Não há um ser sem nós
Não há um ser não sendo
Sem nós, sou nó
Sou nós sendo
(*Antologia Poesia Simplesmente - 10 anos. Edições Galo Branco, 2008)
Chegou a Domingueira Poética de 20/07/2014: Ubaldo em dose dupla + Gregório Duvivier e o riso
sábado, 19 de julho de 2014
palestra do Poeta Edir Meirelles: "Cláudio Murilo Leal – Um poeta de alma gitana."
"Terça ConVerso", dia 22/07/14, próxima terça: Programação e tema sugerido.
O Grupo Poesia Simplesmente
convida para o próximo
Terça ConVerso no Café
(atenção: agora, o evento é no palco principal, no primeiro andar do Teatro)
Poesia:
"Instantâneos"
Poemas curtos, no início do evento, falados pelo público
(sob comando: Dalmo Saraiva e Jorge Ventura)
Poetas Amigos do Café
Sugestão de tema:
"Uma das coisas mais difíceis não é mudar a sociedade; é mudar a si mesmo"
(Nelson Mandela - frase de uma entrevista de 2000: Sobre a transformação*)
18/07: Dia Internacional de Nelson Mandela.
Ícone da luta pela igualdade racial na África do Sul e ganhador do Prêmio Nobel da Paz de 1993,
ele teve o seu aniversário transformado em data comemorativa em 2009 pela ONU.
Música:
Fernando Vilela (voz e violão)
e Ilessi (voz)
Fernando Vilela e Ilessi farão uma amostra pocket em vozes e violão, do show de lançamento do CD Quadro de Fernando Vilela.
Para ouvir o CD on line, acesse: https://www.youtube.com/playlist?list=PLBUP7vymeWe7KlkxELXZsk-4ZU1g-URxl
Sorteio de Livros
Data: 22/07/2014
Horário: 18h30 às 20h30
(Angela Maria Carrocino, Delayne Brasil, Laura Esteves e Silvio Ribeiro de Castro)