Abaixo, breve biografia de Fernando Vilela. Na postagem anterior, informações sobre o evento Terça ConVerso no Café, onde o músico se apresentará.
Fernando Vilela, mineiro
de pai e mãe, nasceu no dia 11 de Setembro de 1975, no Rio de Janeiro.
O show de lançamento do CD Quadro tem dois aspectos fundamentais: sua poética autoral e seu flerte com a
música de concerto. Com sonoridade forte e impregnada de passionalidade
épica, apresenta poética pouco comum no cenário musical atual. Estão presentes
o fado reencontrado, a modinha, a tragédia rural, a aridez dos cancioneiros de
raiz. Os limites do que se entende popularmente
por MPB são aqui alargados. Apresenta temáticas quase sempre atemporais em som
velho, atualizado sem maneirismos pop. As flutuações de dinâmica, os
recitativos, a carga dramática das melodias, a trama dos arranjos e a
instrumentação aproximam-se antes da música de concerto do que do jazz, mas sem
deixar de ser uma apresentação de música popular brasileira.
Formado como
ator no Curso de Formação de Atores da Faculdade
da Cidade, o teatro
sempre esteve presente
em sua
música, seja através
da incorporação da literatura
/poesia em
suas apresentações,
seja na criação de trilhas
para peças de
teatro, seja na limpeza
cênica que
busca em
seus shows.
Fernando Vilela fez pós-graduação em
filosofia existencial no Instituto de Fenomenologia Existencial do RJ, logo após concluir
o curso de graduação
em psicologia
pela PUC-Rio.
Suas primeiras trilhas remontam o
início da adolescência, quando já tocava violão
desde os 9 anos
devido às aulas
particulares com
o professor Luís Flávio Alcôfra.
Pouco tempo depois, assumiu direção
musical e preparação vocal do Grupo Mosaico, composto de ex-alunos
da escola de teatro da UNI-Rio.
Em 97, junto com a autora teatral
e atriz Beth Araújo, Fernando Vilela inicia o que seria
seu mergulho fundamental na passionalidade portuguesa. Juntos, Fernando e Beth
escreveram o texto, atuaram e produziram o espetáculo Bocage lírico e erótico – duas
faces de um poeta.
Fernando Vilela compôs trilha para várias peças teatrais. Concluiu
os cursos de Harmonia e Percepção no CIGAM, e estudou canto com Gloria
Calvente.
Em
meados de 2002, uma série
de encontros foram fundamentais
para que Fernando
Vilela montasse um show seu, e
investisse também em
compor canções,
além de trilhas
instrumentais para teatro. Tudo
começou com um
evento promovido por
Pedro
Moraes, que
estabeleceu no restaurante “Panorama”, situado do terraço de um apart-hotel
no Leblon, um encontro
semanal de compositores.
Montaram então, Fernando Vilela, Pedro Moraes, Thiago Amud, Paloma Espínola, Thomas Saboga,
Cristiano Marques, Rodrigo Penna Firme,
Aline Germani e Chico Vervloet, o show coletivo A lira
e a Lâmina.
Em 2004, como um movimento de
amadurecimento destes anos de trabalho em conjunto, surge a liga de
compositores Confraria da Música Livre, onde Fernando Vilela e mais
nove compositores (entre eles Pedro Moraes, Thiago Amud, Paloma Espínola,
Thomas Saboga e Chico Vervloet dos shows “A lira e a Lâmina” e “Panorama” )
somaram esforços na esfera da produção, mas mantiveram cada qual seu trabalho
individual (participações em shows de confrades continuaram freqüentes, mas
cada compositor com o seu show, repertório, e instrumentação).
Pela Confraria, Fernando
Vilela fez shows no Espaço Cultural Arte Clara, CCJF
(Centro Cultural da Justiça Federal – Projeto Cartão Postal MPB), e Teatro
Noel Rosa, na UERJ.
Lançaram também um CD coletivo,
e fizeram temporadas fixas uma vez por semana no Espaço
Cultural Arte Clara.
Em
Fevereiro de 2007, Fernando Vilela teve sua música “Chorosos versos
meus” lançada
no CD Flor de Pão, da cantora e compositora Simone Guimarães, pela gravadora Biscoito Fino. Elaborou para
a sua faixa,
junto com
Thiago
Amud, um arranjo
para quarteto
de cordas, tocou o violão
de base e contou com Ricardo Silveira para o segundo violão,
além, é claro,
da voz de Simone Guimarães.
A partir de 2008 passa a se
dedicar à sua produtora musical Ornamentus Produções Artísticas LTDA
onde oferece música ao vivo para eventos sociais e corporativos, especialmente
orquestras para casamentos, ao mesmo tempo em que começa a trabalhar no projeto
do CD Quadro.
Em 2011 ingressa na Universidade
Estadual do Rio de Janeiro – Uni-Rio - onde cursa atualmente o 5º período do
Bacharelado em MPB.
Suas influências são diversas:
Villa Lobos, Tom Jobim, Eric Satie, Elomar, Fauré, Chopin, Milton Nascimento,
Dorival Caymmi, Edu Lobo, Nino Rota, Zbignew Preisnier, Toninho Horta, Guinga,
Piazzola, entre muitos outros .