domingo, 20 de novembro de 2011

Domingueira Poética




Domingueira Poética
       20 / novembro / 2011
       Queridos (as) Amigos (as),
      
       Um século...
       Apenas uma fresta
       aberta na porta do tempo.
       Um século,
       infindável fluir de dias e noites,
       de horas e momentos,
       levando a máquina,
       carregando a carga,
       conservando os trilhos,
       salgando a boca no suor do rosto.
       Adélia Maria Woellner - "Aço e Braço, no Esforço da Força" - Trilhos & Letras -
       Uma antologia do trem - Editora Pandion, Florianópolis, 2010.
      
       Neste sábado tivemos um belo evento no Auditório do Centro Universitário
       Metodista Bennett: "Curta Humberto Mauro".
       Além do tributo ao Pai do Cinema Brasileiro (assim o intitulava Glauber Rocha),
       a Prefeitura Municipal de Volta Grande (minha terra) homenageou o ferroviário
       Antonio Matolla, que foi Agente da Estação naquela cidade das Minas Gerais,
       onde nasceu, morreu e está sepultado o grande cineasta.
       O Agente Matolla completou 100 anos de vida no dia 17 de outubro, com saúde,
       lucidez e disposição.
       Estiveram presentes o Prefeito Ari Campanati, o Secretário de Cultura, Luiz
       Flávio, e a Secretária de Administração, Giseli (estes dois participam da
       Domingueira). Entregaram ao homenageado um belo diploma e uma cesta
       com produtos típicos da cidade. Um lindo momento!
       Assim, completando a homenagem ao ferroviário Matolla, reproduzimos,
       acima, um trecho de um belo poema da também ferroviária e laureada poeta
       paranaense Adélia Maria Woellner. Abaixo, outras citações poéticas enfocando
       o trem:
       Um trem-de-ferro é uma coisa mecânica,
       mas atravessa a noite, a madrugada, o dia,
       atravessou minha vida
       e virou só sentimento.
      
       Adélia Prado - "Bagagem - Rcord, Rio, 2006
      No mesmo trem, eu e alguem
      conversa vai, conversa vem,
      chega a estação
      lembrança vai, lembrança vem,
      meu coração até hoje não desceu do trem.
      Martha Medeiros
      "Poesia Reunida" - L & PM Editores, Porto Alegre, 1999
      Pudesse
      te enviaria as primícias do bosque
      e te faria conhecer
      o furor do verão.
      Os trens se aproximam
      em opostas direções.
      ..................
      Não somos mais que dois espias
      trocando códigos de amor
      numa estação.
      Affonso Romano de Sant´Anna - "Vestígios" - Rocco, Rio, 2004
     
      Um lindo domingo para Vocês. Nos trilhos!...
      Abraços / beijos,
      Victor
     
                     






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