---------- Mensagem encaminhada ----------
De: "marcia pereira" <marciapereirarj@yahoo.com.br>
Data: 04/10/2012 22:32
Assunto: blog sobre FEIRA DO LIVRO
Para:
De: "marcia pereira" <marciapereirarj@yahoo.com.br>
Data: 04/10/2012 22:32
Assunto: blog sobre FEIRA DO LIVRO
Para:
"Primavera dos Livros" ; subsídios para novos modelos,novos formatos
Essa 12ª. "Primavera dos Livros",ocorrida de 27 a 30.09, no Museu da República, Rio de Janeiro – que congrega editoras não entre as maiores mas por certo algumas das mais
Essa 12ª. "Primavera dos Livros",ocorrida de 27 a 30.09, no Museu da República, Rio de Janeiro – que congrega editoras não entre as maiores mas por certo algumas das mais
operosas – constituiu-se,claramente, em exemplo concreto de uma vertente de reflexões e avaliações acerca dos eventos literários e feiras de livros, ressalvado aqui que nesse aspecto a "Primavera..." transcendeu o modelo comum de cenário de exposição e venda de livros realizando-se como um cenáculo temático, que teve – em painéis,palestras, mesas-redondas,depoimentos,etc – a Leitura,seus fomento,estímulo e prática, como tema,mote e leitmotiv: logo no primeiro dia,por exemplo, 600 professores e alunos das salas de leitura de escolas da cidade reuniram-se num seminário como poucos,aliás, que eu tenha visto recentemente e participaram de atividades de formação de leitores; a cerimônia de abertura propriamente dita foi marcada precipuamente por falas e depoimentos de plena ênfase à necessidade -digo eu, imperiosa -- de promoção,incentivo e prática da leitura; um minisimpósio em torno da apresentação e ações de re flexão do Plano Municipal do Livro e Leitura corroborou um nítido empenho conjunto, envolvendo o poder píblico, no caso da cidade do Rio de Janeiro, e agentes privados, para consecução desses propósitos; o excepcional painel da noite de 28 brindou a todos com magníficas conversas,em torno do livro e da leitura, entre Roger Chartier,uma autoridade internacional nessa seara, e Affonso Romano de Sant'Anna,verdadeiro ícone intelectual em prol da literatura,da cultura e da educação, mediados pela sempre brilhante Claudia Nina.[o tema muito me toca e mobiliza,nele me empenho e contribuo -- no geral,pela própria condição de pesquisador,escritor,palestrante\conferencista; no específico,face ao estudo que ora finalizo,a se tornar livro em 2013,"As leituras dos formadores de leitores:Machado de Assis,Lima Barreto e Monteiro Lobato" (no 1o. estágio; seguirá com outros); nele, levanto, identifico, examino e interpreto as leituras e influências literárias de autores e d e obras – brasileiros e estrangeiros -- no primeiro estágio, em três dos , epígonos da literatura brasileira, as referidas leituras e influências literárias identificadas, de um lado, por meio dos acervos das bibliotecas pessoais dos escritores, de outro, por via das citações, referências e recorrências praticadas por eles em suas obras, seus textos e seus escritos(que apontam e delineiam as leituras fomentadas pelos escritores e as influências e intertextualidades exercidas por autores,obras, temas, gêneros e idiomas sobre eles). subsiste implícita e explicitamente uma mensagem : tais escritores tornaram-se grandes escritores, e grandes formadores de leitores, porque leram muito -- e diz-se então a públicos de todas as faixas etárias : leiam muito, assim podem vir a ser grandes escritores, ou grandes pensadores,ou grandes professores, ou grandes cientistas, grandes profissionais, grandes cidadãos em suma].
Quando menciono ter a "Primavera..." se constituído em exemplo de elemento de reflexão acerca de eventos literários e feiras de livros, reporto-me de imediato às discussões e análises que ora se dão,gradativamente com maior intensidade, com relação à bienal do Livro, cuja recente edição,em São Paulo, mostrou-se esvaziada,'fisicamente' por parte e no seio do próprio meio editorial-livreiro, haja vista p. ex. grandes editoras estarem ausentes,sob argumentação de "custos exorbitantes" e "parcos resultados", e conceitualmente por força do crescente pensamento crítico quanto ao tradicional "modelão",ou "formatão" (assim são definidos pelos profissionais do ramo) da bienal, ao mesmo tempo em que as atenções se voltam cada vez mais para os eventos regionais, essa profusão(benéfica,digo eu) de festas e feiras pelo país: Belém, Fortaleza,Recife,Ouro Preto, Paraty, Porto Alegre,Passo Fundo (estas duas últimas bastante tradicionais, já de longa data): persiste mesmo o intento, entre editore s, livreiros e profissionais do setor, de fortalecimento e incremento a esses eventos regionais , os quais -- tanto por suas próprias concepções como pelas efetivas programações realizadas até aqui --têm oferecido os elementos de uma presente reflexão conceitual sobre a Bienal : constituir-se menos em cenários de venda e exposição de livros e mais de incentivo a leitura : as feiras regionais com efeito oferecem,de resto, o que faz parte das proposições preconizadas pelos intentos de reformulação conceitual da Bienal, traduzida por maior incidência de painéis,mesas redondas,debates e oficinas em torno da literatura,do livro e da leitura.
Exatamente nesse diapasão de reavaliação do que poderia vir a ser os modelo e formato de eventos desse tipo inscreveu-se, nesta edição de 2012, a meu juízo mais do que em outras oportunidades, a "Primavera dos Livros".
Quando menciono ter a "Primavera..." se constituído em exemplo de elemento de reflexão acerca de eventos literários e feiras de livros, reporto-me de imediato às discussões e análises que ora se dão,gradativamente com maior intensidade, com relação à bienal do Livro, cuja recente edição,em São Paulo, mostrou-se esvaziada,'fisicamente' por parte e no seio do próprio meio editorial-livreiro, haja vista p. ex. grandes editoras estarem ausentes,sob argumentação de "custos exorbitantes" e "parcos resultados", e conceitualmente por força do crescente pensamento crítico quanto ao tradicional "modelão",ou "formatão" (assim são definidos pelos profissionais do ramo) da bienal, ao mesmo tempo em que as atenções se voltam cada vez mais para os eventos regionais, essa profusão(benéfica,digo eu) de festas e feiras pelo país: Belém, Fortaleza,Recife,Ouro Preto, Paraty, Porto Alegre,Passo Fundo (estas duas últimas bastante tradicionais, já de longa data): persiste mesmo o intento, entre editore s, livreiros e profissionais do setor, de fortalecimento e incremento a esses eventos regionais , os quais -- tanto por suas próprias concepções como pelas efetivas programações realizadas até aqui --têm oferecido os elementos de uma presente reflexão conceitual sobre a Bienal : constituir-se menos em cenários de venda e exposição de livros e mais de incentivo a leitura : as feiras regionais com efeito oferecem,de resto, o que faz parte das proposições preconizadas pelos intentos de reformulação conceitual da Bienal, traduzida por maior incidência de painéis,mesas redondas,debates e oficinas em torno da literatura,do livro e da leitura.
Exatamente nesse diapasão de reavaliação do que poderia vir a ser os modelo e formato de eventos desse tipo inscreveu-se, nesta edição de 2012, a meu juízo mais do que em outras oportunidades, a "Primavera dos Livros".
Mauro Rosso
http://pandorawiki.blogspot.com.br [um dos 10 melhores blogs de literatura brasileira - segundo InfoEnem]
Nenhum comentário:
Postar um comentário