Meus amigos,
sabemos que em nossas vidas todos corremos, buscando “a tal da felicidade”. Afinal, para isso estamos aqui. E, sabemos, também, que podemos obter a felicidade através de vários meios. Mas, se pararmos para pensar, veremos que ela é, muitas vezes, relativa. Quando pensamos que a capturamos, se esvai, como areia, por nossos dedos. E voltamos a sofrer como antes. Por que isso acontece? Por que nossos sonhos não são duradouros? É óbvio: porque são baseados em fatores externos, que não estão dentro de nós. É uma felicidade ilusória, sempre dependendo da mudança dos ventos, como, por exemplo, a daqueles que buscam, somente, a conquista de algo material.
Nada contra os que buscam as delícias do dinheiro, do sexo, de tudo o que o mundo e a vida geram para nos dar alegria e prazer. Entretanto, como essa felicidade é etérea e efêmera, quando a conquistamos ou a perdemos, logo nos colocamos à procura insaciável de novas conquistas, o que nos traz angústia, ansiedade e sofrimento... Dirão alguns: “é do ser humano”.
Será?
Conheço (e vocês, com certeza, também) muitas pessoas que estão sempre em paz com o mundo e com os outros. Que nada parece perturbar-lhes. Nenhuma tragédia, nenhuma desgraça, nenhuma perda parece afetar-lhes o espírito. Ficam tristes, humanos que são, choram, se calam, mas nunca se desesperam. Estão sempre olhando a vida de frente, com o olhar para o futuro. Essas pessoas intuem, percebem, sabem que estão no caminho da felicidade ABSOLUTA. Sua qualidade de vida não se prende a fatores externos, elas são felizes, simplesmente, porque gostam de viver, gostam da VIDA; são felizes, simplesmente, pelo fato de estarem vivas. São seres iluminados.
Em geral, pessoas com essas qualidades não desejam a felicidade somente para elas. Querem dividi-la com todo mundo. Acreditam que todos somos iguais, dentro de nossas diferenças, e - apesar de parecer chavão - isso significa que todo mundo merece respeito, dentro de sua sexualidade, credo, raça, time de futebol etc. Crescem, através do sofrimento. Amadurecem para alcançarem a merecida vitória da felicidade interior. Sabem, como ninguém, superar as provações das chuvas e do sol escaldante. Têm sabedoria para superarem os "invernos" de suas vidas, sem fugirem das dificuldades que lhes são apresentadas. Sabem esperar a primavera. Com a sabedoria para conquistar a compreensão e o coração das pessoas. Com a beleza do significado real da palavra perdão, despido de qualquer sentido religioso. Elas lembram a generosidade dos pássaros que, orgulhosos, alçam voo, mas, humildes, sempre retornam à terra para buscar alimentos e retornar, novamente, aos ares, num aprendizado constante da energia da vida. De amor à vida.
Voltando ao início dessa mensagem. Apesar da importância das riquezas materiais; apesar da importância de termos boa saúde e cultuarmos, sim, o nosso corpo e suas habilidades e possibilidades; apesar de suas importâncias, essas riquezas, por si sós, não possibilitam o triunfo de uma vida. Essas riquezas só serão importantes, realmente, se existir dentro de nós um coração batendo em prol do filho, do irmão, do outro. Essa é a maior das riquezas. Esse é o verdadeiro sentido do Natal. A poesia eterna da Humanidade. À esse espírito costumamos chamar de fé.
Meus amigos, que em 2011, todos nós consigamos bater nossos corações em uníssono. Em harmonia com o Universo.
Abração do Tanussi
Rio, 24 de dezembro de 2010
Tanussi Cardoso Poeta etc
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